Já alguma vez ouviste falar no programa de mobilidade nacional Almeida Garrett? Se não, acredita que eu também desconhecia totalmente a sua existência até que fui a uma sessão online da Universidade da Beira Interior (UBI), a instituição que frequento, cujo objetivo era informar os seus estudantes acerca do famoso Erasmus. Contudo, o ‘’Erasmus português’’ foi referenciado e despertou imenso à minha atenção… Decidi embarcar nesta experiência e não me arrependo nada! 

 

Se as tuas condições económicas não te permitem viajar para outro país, se a logística de candidaturas para o Erasmus parece-te complexa e o custo difícil de financiar, se os teus amigos não alinharam em ir contigo para o estrangeiro estudar e não tens coragem para ir sozinh@… Ou se, por outro lado, queres adquirir competências académicas, sociais ou até profissionais noutro ambiente universitário, desfrutando de uma vivência única, este programa de mobilidade nacional é a escolha acertada, sejam as razões elencadas ou outras o motivo para a tua decisão! 

Com efeito, se estás inscrit@ numa universidade portuguesa podes estudar um semestre noutra instituição de ensino, privada ou pública, desde que esta faça parte do Programa Almeida Garrett.

 

No meu caso, sou estudante de Ciências da Comunicação da UBI. Graças ao Almeida Garrett, consegui estudar durante um semestre, o primeiro do segundo ano, na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa. Digo ‘’graças’’ de forma voluntária, pois o programa permite-te frequentar uma universidade privada, pagando as propinas da tua universidade de origem. Não é uma oportunidade imperdível para valorizares o teu currículo? 

Não obstante, não é só o teu currículo que fica valorizado… As experiências académicas e pessoais são diversas: fiz grandes amizades, tive aulas com professores excelentes que deixaram a sua marca no meu percurso académico, pude reconhecer quais as diferenças entre o sistema de ensino superior público e o privado, usufruí da oportunidade de conhecer um pouco de Lisboa, o que para mim que venho do interior de Portugal foi bastante marcante… Ora, a cidade e a experiência em si alteraram significativamente a minha mundividência…

 

Embarquei nesta aventura sozinha e foi das melhores decisões que tomei. Se foi desafiante viver na capital só? Um pouco. No início, tive alguns receios, mas gradualmente habituei-me ao ritmo desenfreado da cidade. Se pretendes candidatar-te a uma universidade lisboeta que integra o programa, não hesites. Vais aprender muito ao sair da tua zona de conforto! 

Além disso, a candidatura é um processo simples. Em primeiro lugar, deves consultar os prazos no website da tua universidade. Depois é necessário preencher um documento em que além de indicares dados pessoais e académicos, colocas, por ordem de preferência, a universidade que queres frequentar no período de mobilidade. Posteriormente, se fores selecionad@, a instituição de ensino em que ficaste irá contactar-te, requerendo documentos como a fotografia tipo passe, o certificado das notas e uma fotocópia do cartão de cidadão. A burocracia é inevitável, mas não é acentuada. 

 

Em suma, não consigo encontrar desvantagens relacionadas diretamente com o programa que me levem a dizer-te que não deves embarcar nesta jornada do ‘’Erasmus português’’. Candidata-te e aventura-te! Faz como eu e a Mariana e não percas esta oportunidade.