Tens a matéria de todas as disciplinas em dia? Treinas 4 vezes por semana? Tens tido uma alimentação equilibrada? Tens estado com os teus amigos e família? Fazes atividades extracurriculares? Já estás a preparar a tua entrada no mercado de trabalho?
O dilema da produtividade é isto mesmo: a constante sensação de que devíamos estar a fazer mais e melhor. Se não estás a fazer tudo é porque és preguiçoso e nunca alcançarás os teus objetivos. Este sentimento surge nos constantes artigos que te são expostos onde são apresentados inúmeros conselhos e sugestões, para alguns serão úteis, mas para outros serão demais e irão provocar aquele sentimento de “culpa”.
Neste artigo não vamos despertar essa “culpa”, vamos sim dar-te 3 sugestões para a evitares e gerires!
Aceita que ninguém é perfeito
A “culpa” que sentes muitos também sentem, ninguém consegue usufruir de todos os meios que lhe são apresentados para melhorar - há que fazer escolhas e avaliar quais as que mais se adaptam a ti e que fazem mais sentido no teu percurso. Lembra-te: é impossível fazer tudo, tenta começar por fazer pouco mas tirando o melhor partido de cada experiência.
Não deves ser o teu “eu” ideal
A perfeição não é prática, muito menos desejável. Em vez de procurares, incansavelmente, esta perfeição, tenta descobrir uma direção, não um destino. Só o facto de te estares a mover na direção certa já trará benefícios, não leves tudo ao extremo. Mas, calma, esta mudança de direção não deve ser radical, exemplo disso é a clássica história de “tens de passar menos tempo nas redes sociais”, mas se de um dia para o outro o teu contacto com social media passar a ser nulo, isso trará uma maior interferência social do que propriamente uma produtividade gerada. Temos a certeza de que tens um acumulado de conselhos muito bons, mas tentar executá-los todos será impossível pois nem terás tempo no teu dia para tal.
Respeita o teu ponto de partida
A fonte desta culpa muitas vezes não é o facto de os padrões impostos serem irrealistas, mas porque existe uma lacuna entre como nos vemos e como gostaríamos realmente de ser. A direção certa a tomar é sempre aquela que te “empurra” um pouco para a frente, não aquela que te leva para um ponto totalmente fora do teu conhecimento e à vontade. Aquilo que deves perguntar a ti mesmo nunca deve ser “O que posso fazer, idealmente, para resolver este problema?” mas sim, “Como posso fazer as coisas de forma um pouco diferente do que da última vez e obter resultados mais positivos?”
A produtividade em si é algo excelente, a culpa associada a ela não. Tentar melhorar os nossos pontos menos bons é algo que devemos procurar fazer, mas a “culpa” que por vezes esta associada a este processo não te irá ajudar em nada.
Por fim, algumas coisas que podes fazer para essa “culpa” desaparecer por completo:
Escolhe alguns objetivos para trabalhar, mesmo que seja apenas um; diz a ti mesmo que não há problema em não trabalhar em muitas coisas ao mesmo tempo e respeita o teu ritmo.
Para de te comparar às outras pessoas, quem tu admiras também tem falhas e, muito provavelmente, também sente essa mesma culpa quando se compara com outros - trabalha para ti e não te sintas culpado por não conseguires atingir os padrões de outra pessoa. Separa o que é bom do que é essencial: muitos dos conselhos que ouves são bons, mas não se enquadram da melhor forma nos teus objetivos.
E, acima de tudo, não aches que a culpa é algo bom, por vezes pode motivar, mas fá-lo com altos custos e efeitos colaterais. Sê paciente e respeita-te!