Mercado de Trabalho

Truques e dicas para teres um bom currículo

19 Abril 2023

A entrada no mercado de trabalho é algo que gera muita confusão, ansiedade e até medo, sobretudo porque representa algo desconhecido e com muitos desafios.

As soluções para ultrapassar os principais desafios já falamos noutro artigo que podes ver para te ajudar. Neste artigo, vamos focar-nos na ferramenta base de qualquer candidatura e como melhorá-la: o currículo ou CV.

 

A verdade é que o currículo é todo um universo e é suposto que assim seja. Este documento, que pode parecer extremamente enfadonho de se tratar, no entanto, é o nosso bilhete para o veículo que nos vai levar a navegar os mares nunca dantes navegados.

Um currículo é uma simbiose de estética e conteúdo, ou seja, o teu objetivo vai ser chamar à atenção e dar a informação crucial de forma rápida e simples. Ninguém quer perder tempo!

Existem 9827942749822 versões na internet e pode ser complicado de escolher uma ou de adaptar a tua realidade, mas é normal que assim seja! Um currículo é o teu perfil e tu és únic@, portanto, faz sentido que o documento que te apresenta também o seja. No fundo, quanto mais personalizado e transparente for, melhor!

 

Pois, isto é tudo muito bonito, mas como é que se chega ao currículo “just right”? Aqui vão as nossas dicas:

 

1. O CV deve estar sempre atualizado.

Não podemos assumir que chegamos a um CV ideal e que nunca mais vai ser mudado, até porque a nossa vida também não está parada e todos nós estamos em constante aperfeiçoamento!
Se um currículo reflete quem nós somos e a nossa história, tem também de refletir esse constante aperfeiçoamento.

 

2. É fundamental definirmos bem os nossos objetivos.

Isto implica pesquisar sobre a empresa antes de fazermos a nossa abordagem, ou seja, é muito importante percebermos com que tipo de empresa estamos a lidar (nomeadamente que tipo de cultura existe na empresa) - tradicional, start up, formal, multinacional, etc – e a partir daqui perceber qual é o tipo de estratégia a usar para fazer a nossa abordagem.

 

3. Quanto mais simples for a formatação, melhor. 

Conheces aquela frase clichê “less is more”? Aqui aplica-se. A organização e formatação do currículo é das primeiras coisas que salta logo à vista, mesmo sem lermos o conteúdo.
Se o recrutador tiver alguma dificuldade na leitura do currículo, provavelmente não se vai esforçar muito para o fazer, nem vai dedicar ali muito tempo, pois tem mais uns quantos para ler.
Assim, o currículo deve estar dividido por secções claras – dados pessoais, formação, experiência, etc.. Se colocarmos um bom espaçamento entre as secções podemos tornar o CV mais clean, legível e claro.

 

4. Inclui um resumo com ambições, expectativas e uma pequena apresentação 

Usa palavras-chave e faz uma descrição de quem és e do que queres fazer, de forma clara.
O currículo vai ser lido por alguém que provavelmente não te conhece, por isso é que as informações devem ser claras e fáceis de entender.

 

5. Inglês ou português? Depende do paísempresa e da posição! 

Se fores trabalhar para uma empresa que só atua no mercado nacional e sem previsão de fazer expansão para outros mercados, dificilmente te dará alguma vantagem enviar o currículo em inglês.

 

6. Pôr ou não por fotografia? Eis a questão! 

É opcional. Há quem diga que se deve colocar fotografia no currículo, pois pode ajudar no que toca à memória visual e primeira impressão (atenção ao tipo de fotografia!); mas também há quem diga que não se deve colocar fotografia no currículo, uma vez que não acrescenta nada e (infelizmente) pode ser motivo de discriminação.

7. Ninguém precisa de saber onde tu moras exatamente. 

Não é necessário colocar a nossa morada, se formos contratados, aí sim, teremos de fornecer essa informação. No CV, basta colocar a localidade ou distrito.

8. Informações como a ideologia política ou religião também devem ser evitados. 

São detalhes que não acrescentam nada e que podem ser alvo de discriminação.

9. Usa a menor quantidade depalavras possível

Não é necessário escrever “nome” antes do nome, ou “e-mail” antes do mail – mais uma vez “less is more” e toda a gente percebe que é um e-mail ou o teu nome.
O currículo não deve ultrapassar as duas páginas, um CV demasiado longo desmotiva logo o leitor. Com centenas de currículos para analisar, a malta dos Recursos Humanos não tem tempo a perder.
Não é necessário realçar tudo o que fizemos, apenas o mais importante, esses pormenores devem ser mencionados na entrevista.


10. Adaptar o currículo e as nossas experiências à altura da vida onde estamos. 

Quando não tenho muita experiência profissional, devo colocar todas as experiências relevantes que posso ter; aos 40 anos e com mais experiência na área, não precisas de colocar no currículo, nem faz sentido, que trabalhaste numa loja de roupa quando estavas no secundário ou na universidade, por exemplo.  

11. Enviar o currículo sempre em formato PDF.

Sendo que o nome do documento deve ser o nosso nome e apelido.


12. Mais do que transparência, a sinceridade no currículo é crucial. 

Uma pequena mentira inocente ou exageros podem ter consequências negativas e deitar tudo a perder.
É muito importante correspondermos o conteúdo do nosso currículo, à realidade. A pessoa que está a analisar os currículos, no momento da entrevista, está muito habituada a fazer aquilo e vai logo perceber se alguma coisa não bate certo. Por isso, cuidado com a gestão de expectativas.

 

Bem, depois desta injeção de 12 dicas, ainda estás viv@? Ainda bem, porque isto do mercado de trabalho tem mais coisas que se lhe diga… achavas que já tinha acabado a tua recolha de informação? Nem por isso!

Juntamente com o CV podem também pedir-te uma carta de motivação e preparamos um artigo para te ajudar com isso também!


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