Governo lança programa para redução do insucesso e abandono no ensino superior

Ana Isabel Almeida
Editora Unlimited Future
31 Outubro 2022

Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), " a promoção de um sistema de ensino superior de qualidade deve incluir o fortalecimento dos instrumentos de antecipação e mitigação das situações de insucesso e de abandono". Estes instrumentos passam por uma intervenção precoce na identificação de fatores de risco e na promoção de metodologias de ensino e avalaição "que favoreçam a qualidade e profundidade da aprendizagem".

 

O MCTES pretende reduzir o insucesso e o abandono no ensino superior e, por isso, foi apresentado o "Programa de Promoção de Sucesso e Redução de Abandono no Ensino Superior" na última sexta-feira pela ministra Elvira Fortunado e pelo secretrário de Estado do Ensino Superior (Pedro Teixeria) na Universidade do Minho. O programa tem uma dotação de 7 milhões de euros e quer garantir o sucesso dos novos alunos através da adoção de práticas inovadores. Além disso, foram também anunciados  "projetos e boas práticas em mentoria e tutoria", bem como três projetos de predição do abandono e insucesso com recurso à inteligência artificial - nomeadamente iniciativas das universidades de Trás-os-Montes e Alto Douro, Porto e do Instituto Politécnico do Cávado e Ave que pretendem criar um programa de tutoria assistida por inteligênciar artificial. Portanto, espera-se que este modelo de análise com um sistema de alerta permita sinalizar e monitorizar situações de riscos.

Este programa é dirigido, sobretudo, ao alunos que ingressem no ensino superior pela primeira vez, uma opção que o ministério justifica "pela importância desta fase inicial no percurso subsequente dos estudos". O objetivo é, no fundo, "consolidar o efeitos das medidas de apoio financeiro ações inovadoras de ensino aprendizagem que já estão em curso" nas Instituições de Ensino Superior no âmbito do projeto "Skills 4 pós-Covid".

 

"É inédito um financiamento desta ordem de grandeza aplicado à promoção do sucesso académico e ao combate ao abandono no ensino superior", sublinhou a ministra Elvira Fortunato.

Ao mesmo tempo, o programa dá resposta ao objetivo estabelecido pelo Governo de atingir, até 2030, uma taxa de frequência do ensino superior de 60% entre os jovens com 20 anos e de 50% de diplomados com idades compreendidas entre os 30 e os 34 anos.

 

O programa abrange apenas universidades e politécnicos das reigões Norte, Centro e Alentejo, com mais de 2 mil estudantes. No entanto, o Governo está a "estudar outras formas de financiamento" para alagar o projeto a outros regiões numa fase seguinte. 


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