Um dos objetivos do consócio Universities Portugal é promover este setor no estrangeiro - o qual se tem vindo a cumprir dado o número de estudantes estrangeiro que estudam nas Instituições de Ensino Superior nacionais.

No ano letivo passado (2021/22), atingiu-se o recordo de (quase) 70 mil estrangeiros e Filomena Soares, vice-reitora da Universidade do Minho (UM), acredita que “ainda há lugar” para mais alunos - sobretudo, da América Latina. “É uma forma de captar novos públicos, tentando de alguma forma combater a este emagrecimento demográfico que é uma realidade”, refere Filomena Soares.

A mesma reconhece ainda que existe um proveito económico local, uma vez que estes alunos “vêm habitar as nossas cidades” e que “há uma anuidade que o estudante internacional paga e que é superior ao que paga o estudante nacional”.

Do número referido acima, cerca de 69.965 são estudantes brasileiros e os restantes vêm de países de língua portuguesa. Nota-se também uma grande adesão por parte de algumas países da Europa, como Espanha, França, Itália e Alemanha.

Instituições de Ensino Superior como a Universidade de Lisboa, do Porto ou de Coimbra, são as mais procuradas, mas a vice-reitora da UM revela que “há manifestamente agora uma procura também pelo Minho e Aveiro, que são também áreas de eleição”.

Na última semana, a Universities Portugal promoveu uma conferência sobre a capacidade de inclusão do ensino superior e uma das várias conclusões retiradas é de que, apesar dos esforços, ainda há problemas de interação dos alunos estrangeiros, sobretudo ao nível das diferenças culturais e da língua portuguesa. Como pontos fortes, é de destacar a boa posição que o ensino português ocupa e o povo acolhedor, simpática e inclusivo pelo qual somos conhecidos.