Há estudantes russos com dificuldades económicas em Portugal

Ana Isabel Almeida
Editora Unlimited Future
4 Abril 2022

Há pouco mais de 200 estudantes de nacionalidade russa inscritos no Ensino Superior português, sendo que, a maioria destes, reside em Portugal há vários anos – tendo, inclusive, concluído o Ensino Secundário em Portugal.

 

Sabe-se, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), que este ano letivo 13 alunos russos entraram em Instituições ensino português ao abrigo do concurso para estudantes internacionais. Até mesmo para estes, que vivem em Portugal há relativamente pouco tempo, já sentem as consequências das sanções económicas aplicadas à Rússia pelo Ocidente. Entre elas, destaca-se a impossibilidade de aceder a dinheiro da Rússia criando, como consequência, dificuldades para suportar os custos da alimentação e alojamento correndo mesmo o risco de terem de abandonar o local onde residem.

Estes alunos vêem-se agora impedidos de efetuar pagamentos que faziam regularmente, uma vez que deixaram de ter acesso às transferências que as suas famílias e/ou Instituições que apoiavam os seus estudos faziam regularmente.

 

Dos 218 estudantes de nacionalidade russa inscritos no Ensino Superior nacional, a maior parte tem dupla nacionalidade e, como vimos, até concluíram o Ensino Secundário em Portugal, tendo portanto, ingressado num curso superior através do Concurso Nacional de Acesso (assim como a maioria dos estudantes portugueses).

 

Apesar das dificuldades serem uma consequência das sanções económicas aplicadas e serem identificadas pelas universidades e politécnicos, o conflito que ainda decorre está também a levar a um problema quanto à forma como as Instituições podem lidar e auxiliar os alunos perante este assunto. Há, por exemplo, quem considere que as sanções impostas ao Kremlin impedem os alunos daquele país a serem apoiados pelos Serviços de Ação Social das Instituições públicas nacionais, uma vez que “as universidades e politécnicos mantêm as dúvidas sobre o seu raio de ação nesta matéria”. Porém, “não deixam de estar sensíveis ao problema”, tendo as mesmas vindo a procurar soluções para os casos mais urgentes.


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