O concurso especial de acesso ao ensino superior para os alunos do ensino profissional resultou em 874 matrículas, deixando mais de dois terços das vagas por preencher – o que quer dizer que 69% dos estudantes não ficaram colocados em nenhuma Instituição de Ensino Superior pública. Apesar de serem disponibilizadas 2439 vagas e o número de alunos candidatos admitidos a exame subir para 3623, grande parte não foi colocada.
Estes dados dos estudantes não colocados “significam uma subida de 86% face ao ano passado”. A presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Maria José Fernandes, explica estes dados com base em fatores como: candidatos que não se apresentaram à prova de acesso; outros alunos que optaram/preferiram por ficar em cursos profissionais de curta duração; e reprovações.
Apesar do número de não colocados, registou-se um aumento do número de candidatos (51%), tendo fechado a 1ª fase de candidaturas com uma taxa de ocupação de 36%, pois dos 1117 só 874 ficaram colocados e matricularam-se na respetiva instituição/curso (um aumento de 19% face ao ano anterior).
Comparando os três consórcios existentes, o número de alunos matriculados no do Norte aumentou para 357 (mais 21%), o do Centro para 260 (mais 11%) e o do Sul e Ilhas para 257 (mais 25%).
No entender da presidente do CCISP, esta percentagem tão elevada do número de não colocados face a 2021 devia “ser estudada”, especialmente quando em Portugal apenas 18% dos diplomados das vias profissionais prosseguem estudos.