Menos quartos e cada vez mais caros: alojamento no ensino superior

Ana Isabel Almeida
Editora Unlimited Future
2 Novembro 2022

Nos últimos dias tem-se verificado a crescente falta de alojamento para estudantes no ensino superior. O número de quartos disponíveis no mercado privado de arrendamento continua a diminuir e, desde o início deste ano letivo (2022/23), o número de anúncios caiu 30% – uma vez que há 2036 unidades disponíveis no mercado. Pelo contrário, o preço médio não tem parado de subir.

 

Estes dados foram disponibilizados ao PÚBLICO pela start-up portuguesa responsável pelo Observatório do Alojamento Estudantil desde há dois anos – a Alfredo Real Estate Analytics. Foi esta mesma empresa que, no início do mês de setembro, disponibilizou os números que mais tarde se viriam a traduzir na quebra de 80% sobre o número de quartos disponíveis no mercado privado e um aumento de 10% nos preços dos mesmos (face ao ano anterior).

 

Seguindo a tendência do último ano, o número de ofertas disponíveis continua a diminuir, mas o preço médio de cada unidade continua a aumentar – segundo os números do Observatório do Alojamento Estudantil. Em média, cada estudante em Portugal tem ter, pelo menos, 310 euros para encontrar um quarto próximo da sua Instituição de Ensino Superior – o que significa um aumento de 5,4% em relação a setembro.

 

Atualmente, mais de metade dos quartos disponíveis encontram-se em Lisboa (1070, menos 252 do que em setembro). Atrás fica a cidade do Porto, com 474 anúncios disponíveis (menos 85 comparativamente ao mês anterior). Os preços nestes duas cidades – onde o alojamento estudantil é um problema há vários anossão superiores à média nacional. Na capital, o valor aproxima-se dos 400 euros (390 euros mensais em média) e no Porto chega aos 342 euros.

 

A Alfredo Real Estate Analytics recolhe e trata dados a partir de mais de duas dezenas de plataformas como: portais imobiliários, websites de agências do setor, etc.


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