Segundo uma estimativa do Conselho Nacional da Educação (CNE), um trabalhador com ensino secundário ganha, em média, 830 euros brutos mensais e um doutorado 2.467 euros, ou seja, três vezes mais, revela o relatório “Estado da Educação 2021”. Neste, o CNE afirma que “o investimento na qualificação tende a ser compensador nas trajetórias dos indivíduos”.

 

O mesmo estudo revela que a qualificação da população portuguesa em idade ativa está a atingir níveis mais elevados de escolaridade, uma vez que metade da população (59,5%) já tem o ensino secundário completo.

 

Os investigadores do CNE identificaram também grandes discrepâncias salariais entre trabalhadores com formação superior, sendo que um doutorado pode ganhar (em média) mais 950 euros do que um mestre ou licenciado. Assim, podemos concluir que um nível de escolaridade mais elevado reflete-se no número de oportunidades de emprego, “sendo relevante ter concluído pelo menos o ensino secundário”. Isto porque, também segundo o relatório, a taxa de empregabilidade entre os que completaram ensino superior era de 83% e para os que completaram o ensino secundário era de 71,3%.

 

Quando comparado a outros países da Europa, Portugal é um dos que aparenta ser mais fácil para arranjar emprego, mesmo tendo pouca formação. No nosso país, a taxa de empregabilidade entre os jovens com apenas o ensino básico é de 63,5%, enquanto a da média europeia é de 52,1%.