Só 11% dos estudantes se sente preparad@ para o mercado de trabalho

Ana Isabel Almeida
Editora Unlimited Future
28 Novembro 2022

Foram inquiridos mais de 1300 estudantes e “só um terço destes admite ter tido excelentes experiências na universidade”. Por outro lado, 32% dos estudantes da geração Z consideram ter recursos para aprender competências digitais para aplicar futuramente em contexto profissional.

 

Quase metade (47%) dos inquiridos escolheram a universidade com base no potencial de uma carreira futura promissora, mas apenas 11% dos alunos dizem sentir-se realmente preparados para começar a trabalhar após a sua passagem pelo ensino superior.

 

Estes dados são divulgados pela Salesforce, tecnológica da Customer Relationship Management (CRM), no estudo Connected Student Report que tem como objetivo compreender as “características particulares da formação superior na preparação dos jovens para o mercado de trabalho”. Este estudo sugere que as Instituições de Ensino Superior se atualizem para que consigam atrair mais estudantes, uma vez que as empresas/organizações começam a “retirar exigência de formação superior e as competências digitais são cada vez mais importantes”. No entanto, apenas 32% dos estudantes da geração Z (pessoas nascidas entre a segunda metade dos anos 1990 até ao início do ano 2010), diz sentir que tem recursos para aprender competências digitais que consideram essenciais para encarar o mundo profissional.

 

Esta análise, que contou com a participação de mais de 1300 estudantes universitários e 1300 profissionais com ensino superior de vários países em todos os continentes, conclui que “só um terço dos estudantes inquiridos avaliou positivamente o processo de candidatura e inscrição”, tendo em conta que 2% destes dizem ter tido depois uma experiência universitária excelente. De notar ainda que, só 12% dos alunos se sentem integrados.

 

Podemos ainda verificar que, cerca de sete em cada dez estudantes (valor que corresponde a 69%), tiveram uma boa integração e sentiram que a universidade proporcionava uma experiência personalizada e adaptada às necessidades e interesses individuais.

 

Ainda no comunicado da Salesforce, podemos observar que 48% dos estudantes consideram que as qualificações adquiridassó serão úteis na profissão escolhida nos primeiros cinco anos após os estudos”. Ainda assim, quase metade (49%) espera ganhar da aprendizagem na universidade competências e conhecimentos alusivos ao trabalho – quer seja online, quer seja presencial. O mesmo número de alunos considera que a universidade poderia apoiar na formação contínua ao longo da vida, permitindo acesso a cursos sem custos.

 

Na mesma análise, 40% dos inquiridos dizem sentir a “necessidade de haver workshops relacionados com carreiras concretas, para os ajudar a construírem a carreira”. Ainda, apenas 10% revelam ter ligação às comunidades de estudantes e 24% dizem estar satisfeitos com os serviços de apoio, lê-se.

 

No que diz respeito à saúde mental e apoios financeiros, 36% quer mais recursos de bem-estar e 40% quer ajuda para equilibrar a vida académica, profissional e pessoal.


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